- Acho que estão todos então vamos começar. O meu nome é Soi Fong e estou aqui para vos ensinar os básicos da batalha corpo-a-corpo. Vocês começar por treinar com estes bonecos que estão aqui e a melhorarem os vossos pontapés e murros. Vamos lá.
A professora fora bem direta, sem dúvidas. Mas de todas as aulas da academia, essa era que sem dúvidas se mostraria a mais fácil para mim. Depois de anos nas sarjetas do Rokungai, um garoto aprende a como se defender usando os punhos.
Caminhei até meu boneco, e comecei a esmurrar-lhe a região que, em uma pessoa, corresponderia à face. Mas parei logo em seguida. Com certeza não era aquilo que a sensei pretendia ver.
Então me coloquei em postura de combate. Uma estranha postura que um dos órfãos havia me ensinado ao longo dos anos que vivemos juntos na zona mais ao Leste da Soul Society. As pernas flexionadas, dispostas paralelas, com a esquerda a frente da direita por um paço, e as mãos junto à cintura, fechadas em punhos.
Inicialmente utilizei apenas socos. Todos dados a partir da posição próxima da cintura, partindo para contra o boneco em uma meia-rotação que lhe conferia mais força do que o comum. Enquanto atacava, alterava sequencialmente a posição das pernas, sempre favorecendo um dos punhos para o ataque, e outro para defesa.
Todos os socos foram direcionados contra as regiões, que numa pessoa, corresponderiam aos rins, diafragma, traqueia, externo, e alguns na parte lateral do pescoço. Intercalado com alguns dos socos, vinham ataques de palma(como no caso do pescoço) utilizando a lateral da mão como se a mão fosse uma "espada" em movimento para decapitação. Alguns dos golpes na traqueia foram desta maneira também, em bora a maioria fosse dos socos com rotações.
Para completar a fase de de ataques com punhos, utilizei um soco duplo, alternado levemente a posição das pernas, e me agachando um pouco mais. A força do ataque seria beneficiada pela inclinação das minhas costas na direção do adversário. O golpe foi executado, tendo um dos punhos(o direito) se chocado contra a traqueia e o esquerdo contra o estômago do suposto inimigo.(off, caso não consiga imaginar esse movimento, pense na fusão do dragon ball, só que com punhos fechados, ao invés de dedos, e executada mais rápida, com a intensão de matar ou paralisar.).
Terminada a série de socos, comecei a executar os chutes. Todos eles dados com a canela, e não dom o pé. Para isso, voltei a posição inicial. Sempre a perna de trás nesta posição, era a utilizada para o chute, visando atingir a região das costelas, lateral do pescoço, e lateral da cabela. Depois de uma boa sequencia destes chutes laterais iniciais, comecei os chutes frontais, partindo da mesma base. Só que desta vez, era o peito do pé, mirando o queixo do adversário, ou o calcanhar, mirando a parte frontal das costelas, o estômago, ou o externo. Após mais esta sequência, revesando entre perna esquerda e direita, parti para sequência final. Os chutes reversos.
Eles partiam da mesma base, mas envolviam uma rotação contrária e quase completa. Com a perna esquerda a frente da direita por um paço, na posição inicial, executo o primeiro destes chutes, trazendo a perna direita para trás, girando sobre a base firme da esquerda, até completar a meia rotação(180º) atingindo com o calcanhar a região onde ficaria a orelha do boneco. A violência do chute fez com que o boneco de palha rodasse 3/4 de volta. Então volto a executar o movimento, desta vez com a perna esquerda, fazendo o boneco voltar a posição original, e passar dela para o lado oposto, quando atingido pelo chute rotatório de meu calcanhar esquerdo onde ficaria o nariz.
Segui repetindo esses chutes por mais um tempo, mirando regiões como costelas, rins e pescoço. Então parei.
O boneco estava bastante avariado, e por um ou outro buraco escapava palha. Meus pés sangravam, devido aos golpes seguidos, e as mãos doíam. Eu suava, e respirava em grandes haustos, mas mantinha um sorriso na face.
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Off.: Estes movimentos são baseados em algumas aulas que eu realmente tive do estilo de Kun FU "Shiaolin do Norte", e rotar o punho durante o soco, de fato acrescenta força ao golpe.